
E concluo arduamente que não quero que você exista. Tento empurrar na minha cabeça que você foi só uma invenção, uma invenção bonita que eu inventei e custei a ter coragem e vontade de te jogar fora do tanto que me apeguei.
Dói é chorar por uma invenção. Desapareça você e essa saudade inventada. Eu sei (já passei) como a velocidade do vento (desapercebida). Desaparecida. Não quero mais esse choro que me pesa as pálbebras, incha o coração e cansa os pulmões. O choro que imobiliza, que deixa cinza as paredes de dentro.
O que eu preciso é pouco: te desinvento e pronto.
Talvez encontre quem me ensine novas palavras, aí eu reinvento. Invento alguém que me traga as tardes que nos faltaram, de dias quentes, alaranjados, ou frios e nublados. Invento alguém que eu sinta o tato e os olhares, que me sussure versos lindos, cheios de encanto.
Queria te abraçar agora,bem apertadinho até perder o folêgo.
ResponderExcluir