quarta-feira, 2 de setembro de 2009

"...eu me arrebentei, assim, porque o nó era fraco. Frouxo. Mal dado. Eu afundei, em segundos, porque no meu casco havia um buraco milimétrico por onde o mar entrou, aos poucos. Inteiro. Eu caí com o primeiro vento porque não havia tijolos. Eu era construção mal feita. Erguida na pressa. Madeira com pregos mal batidos. Fachada. Eu derreti ao sol porque era de plástico. Sumi no sopro porque era pó. Eu me quebrei na primeira queda porque, por dentro, não havia mais nada. Eu me sentia forte, sem saber que já era oco".

Eduardo Baszczyn
(trechinho "roubado" LFE)

Eis a divagação (im)precisa de alguém que clama urgente por terapia.

[...]

Um comentário:

  1. tem dia que sentimos assim, mas a vida prossegue e temos que fazer prosseguir...Bom final de semana, bjim
    "Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada. Sou um ser concomitante: reúno em mim o tempo passado, o presente e o futuro, o tempo que lateja no tique-taque dos relógios" - Clarice Lispector

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