segunda-feira, 14 de dezembro de 2009



Ainda não sei como podemos ser tão iguais e tão diferentes. Quisera eu ter um pedacinho da sua capacidade de servir a Deus acima de todas as coisas. Quisera eu saber abrir mão da minha vida, do "mundo meu" pra que a vida de outras pessoas fossem abençoadas. É difícil parar pra pensar nisso, sabe? Sei que você guarda alguns pesares no seu coração por ter traçado sua vida assim, mãe. Entendo suas frustrações e sei que algumas estrelinhas que a gente deixa de ganhar na vida são insubstituíveis.

Eu sei que não sou exatamente aquilo tudo que você sonhou pra mim (também pudera!!)

Mas por você, mãe, eu guardo uma gratidão sem medida. Talvez não tenha a menor noção da dimensão do quanto foi importante alguns minutos de escuta em momentos em que eu não tinha pra quem chorar. Hoje eu sei que algumas mágoas minhas também são suas... Obrigada por ter dividido alguns pesos comigos... teria sido insuportável sem o seu apoio [muitas vezes acompanhado por um silêncio compreensivo e absoluto]. Obrigada por ter segurado meu choro, pelo colo desingonçado, pelo carinho escapado. Obrigada por segurar a minha mão e me ensinar a ver além das letras cinzas, pretas.


Feliz aniversário!

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