Hoje eu queria falar com você, falar pra você, estar por perto; (sim) ter você perto e dizer com lágrimas nos olhos que consigo até entender o que se passa nesse seu coração. E que me dói, do lado de cá, saber das suas precisanças e de nada poder fazer.

Eu sei, que da forma que você pôde, me deu a mão como quem caminha ao lado. E com você, em tempos cinzentos, aprendi como escutar o que vem de dentro.

Queria poder estar perto de você agora: a compartilhar dores, que hoje eu sei nomear uma a uma, como quem aprende a contar os números, entendendo que eles são infinitos, assim como os tombos na vida.

São tantos desencontros, eu bem sei. Se pudesse, te colocaria no colo ou então, quem sabe, abriria uma cerveja pra lamuriar dos males da vida e afogar as mágoas, tristezas e revoltas em um copo de ressentimentos sem gelo. Queria poder, num embalo mágico, te trazer sorrisos, te dizer o clichê que fiquei tão exausta de ouvir "vai passar".

Sei que as nossas vidas, de rumos incertos, hoje não nos permitem sair por aí a viajar sem medos, a espalhar emoções desencardidas, e fazer travessuras. Bom era aquele tempo em que era nos era permitido a chance de errar. Mas eu sei que aí dentro tem um coração, capaz de amar, re-amar, reconstruir, e se levantar.

Perco palavras. Apenas te quero bem! E sei que tudo ao seu tempo, com sentimentos regido pelas ordenanças que cabem em mim, que cabem em você.

Hoje, só sei dizer que eu amo você do tanto que for, o quanto precisar, sem precisar caber em mim, nem medir com fita métrica. Não sei respostas, mas tenho do lado de cá, um colinho pronto pra te acolher, da forma que for.