Encosto minha cabeça no seu colo na tentativa de me doer menos. Choro, quase silenciosamente. Ouço suas palavras pronunciadas contornando meus pessimismos intermitentes. Você recolhe as minhas lamúrias e no lugar planta doçuras. Me acolhe com toque de paz. [Pausa] "Não é pra sempre"... mas te tenho por perto.
Justo você me empresta os ombros [...] Ora, você de "coração frágil" me traz o riso em tempos de choro, de sofrimentos rotineiros e inesperados. Me enxuga os olhos molhados dizendo que a vida pode ser bonita embora entremeadas por dores.
[...]
"No fim destes dias encontrar você que me sorri, que me abre os braços, que me abençoa e passa a mão na minha cara marcada, na minha cabeça confusa, que me olha no olho e me permite mergulhar no fundo quente da curva do teu ombro. Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços e você me beija e você me aperta e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem."
Caio F. Abreu
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