sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Aos 44 minutos, como  no segundo tempo de uma final de campeonato...

-"Um grande amor é sempre um grande amor", disse a  psicóloga após a escuta das minhas dores mal-passadas. Supus que aquilo tudo não era mais que um pessimismo casual e corriqueiro. "Ossos do ofício", pensei. Ressoava o complemento, na tentativa equívoca de me aliviar os pesos: "terapeutas- que de tanto ouvir lamúrias e sofrimento, acabam por reduzir a vida a isso".

[...]

Chorei. Compulsivamente.

Porque naquele momento descobri que a cura então é tardia demais pra mim, imediatista que sou . Pelas minhas crenças, contas e cálculos errantes,  minhas frustrantes inflamações internas me acompanharão até a eternidade. E daí em diante: liberdade. Mas não, não agora. 

Resmunguei que não era de terapia então que eu precisara.
Era de algo que me esvaziasse a dor.






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