quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"Ela precisa pertencer. Precisa ser comum, se sentir igual, na média. Ela não é, mas precisa ser. Ela não é, mas precisa se sentir. Então, ela fica procurando formas e meios de entrar nesses espaços já habitados, de habitar esses meios já formados, de nada formar de novo, nada novo, tudo mesmo, tudo como sempre, para todos. O que ela quer mesmo é dissolver-se na companhia segura dos pares, aninhar-se no conforto da irmandade, do já dito, já sabido, já vivido. Ela busca o calor das conversas corriqueiras, das histórias que se repetem, dos passos já dados, tropeçados, caídos. Ela diz chega para essas desigualdades desertas, essas unicidades abandonadas sob os olhos ávidos dos sensos consensuais. Ela não sabe mais se encontrar no desconhecido, nem sair em busca, sozinha, de suas respostas. Ela não sabe mais novidar. Ela precisa urgentemente pertencer, se espelhar, se a(es)quecer".   [Michelle Duarte]
 
 
 
 

Um comentário:

  1. oi Ruth,

    ela é hoje,
    o que não foi no passado,
    e que talvez,
    se modifique no futuro...

    beijinhos

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